Os brasileiros dão importância à aprendizagem na vida adulta e acreditam que continuar estudando pode ajudá-los a progredir na carreira. É o que mostra o resultado da pesquisa inédita Global Lifelong Learner Survey, realizada pela Pearson, que ouviu 21,5 mil pessoas com idades entre 14 e 70 anos em nove países de variados continentes.

Segundo o levantamento, 81% dos adultos brasileiros se enquadram na categoria de “aprendizes ativos”, ou seja, pessoas atualmente matriculadas em algum curso ou programa educacional – como cursos de curta duração e de idiomas, faculdade, pós-graduação e outros -, ou se matricularam nos últimos três anos, ou pretendem se matricular nos próximos três. A porcentagem de aprendizes ativos no Brasil é superior às de países como África do Sul, Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos.

A pesquisa ainda mostra que 84% dos brasileiros empregados com mais de 18 anos enxergam a educação continuada como um fator que pode ajudá-los a obter avanços no trabalho atual, como aumentos e promoções. Do total, 51% responderam que continuar estudando é necessário para progredir e 33% disseram que, apesar de não ser necessária, a educação continuada pode contribuir para alcançar essas melhorias.

 

Lifelonge Learning

Entre as principais razões dadas pelos brasileiros para continuarem estudando na vida adulta, estão desenvolvimento de carreira, aprimoramento de habilidades na atual área de domínio, aprendizagem de novas habilidades para realizar trabalhos diferentes e a possibilidade de aumentar a renda.

“O estudo mostra que, em um contexto de mercado de trabalho em acelerada transformação, ganha força o conceito de lifelong learning, ou aprendizagem para toda a vida”, explica Juliano Costa, vice-presidente de Educação da Pearson no Brasil.

Apesar da necessidade de aprendizagem contínua estar ligada às transformações no mercado de trabalho, um terço dos adultos empregados consultados no Brasil disse que seus atuais empregadores não oferecem nenhum apoio para que eles aprendam. Já outros 25% disseram que a empresa flexibiliza os horários de trabalho para adaptá-los aos estudos do funcionário, 20% recebem apoio financeiro para os estudos e 11% disseram que os próprios empregadores oferecem cursos e programas educacionais.

 

Highlights

  • Para a maioria dos brasileiros da Geração Z (14 a 22 anos), os dois fatores que mais contribuíram para sua formação nos últimos doze meses são o professor (mencionado por 57% dos respondentes) e o YouTube (51%);
  • Os pais brasileiros aprovam a presença de tecnologia na educação dos filhos: quase três quartos responderam que a tecnologia torna o aprendizado mais engajador e divertido, e 68% acreditam que a tecnologia ajuda os estudantes a obterem notas melhores.