Conexão de alta velocidade e baixa latência permite que médicos acompanhem pacientes em ambulâncias em tempo real e até realizem cirurgias de forma remota.

Em agosto do ano passado, uma paciente de 36 anos em Tianjin, na China, passou por uma cirurgia realizada por uma equipe médica em Pequim. Mesmo a mais de 100km de distância, os cirurgiões foram capazes de manejar o procedimento com ferramentas robóticas de forma remota. Isto só foi possível porque, cerca de dois meses antes, a conexão de alta velocidade 5G começou a operar no país.

O 5G, além de aumentar a velocidade de download e upload na rede, reduz drasticamente a latência – tempo de reação entre o comando e a ação de dispositivos conectados a ele. Este fator torna uma série de processos mais seguros. Por exemplo, a resposta de um carro autônomo a um obstáculo na via requer baixa latência para garantir a segurança do passageiro. Ou procedimentos cirúrgicos remotos, como foi o caso em Tianjin, também necessitam que as ações do robô aconteçam praticamente em tempo real após o comando do médico.

Durante a convenção mundial do 5G, que aconteceu em novembro na China, a escola de medicina de Zhejiang apresentou, em parceria com a operadora China Mobile, um case que mostra o impacto da rede de alta velocidade no atendimento médico. Enquanto estava no hospital, uma equipe médica acompanhou com óculos de realidade virtual um atendimento emergencial em ambulância feito por paramédicos.

Além de guiar os paramédicos ao longo do trajeto, os médicos no hospital já se prepararam para o caso antes mesmo que o paciente chegasse ao local. “Com a ajuda da rede 5G, um canal digital estável e em tempo real para resgate de emergência pode ser construído, o que economiza uma grande quantidade de tempo e permite que os médicos realizem diagnósticos além dos limites de tempo e espaço”, destaca Sun Yun, gerente de produto da China Mobile, de acordo com o portal China Daily.

O hospital de Zhejiang está construindo uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inteligente, conectada ao 5G. O objetivo é criar soluções em inteligência artificial que, aliadas à rede de alta velocidade, promovam maior bem-estar para os pacientes e facilite o trabalho dos médicos, que poderão acompanhar remotamente mesmo quando não estão de plantão.

Desde que foi inaugurado em junho de 2019, a infraestrutura para o 5G não para de crescer na China. Hoje, segundo o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, já há 126 mil estações de distribuição da rede no país.

 

Fonte: StartSe