Uma inteligência artificial foi capaz de passar em uma prova multidisciplinar do oitavo ano do ensino básico nos Estados Unidos – na qual normalmente estudam alunos de 13 e 14 anos. A tecnologia, desenvolvida pelo Instituto Allen para Inteligência Artificial, em Seattle, acertou 90% das questões. Mais tarde, os cientistas também testaram a tecnologia com uma prova do 12º ano do ensino básico – para alunos de 17 e 18 anos. Ela acertou 80%.

O sistema foi batizado de “Aristo”, em homenagem a Aristóteles, o filósofo grego. O software foi desenvolvido apenas para testes com múltipla escolha e foi treinado analisando provas de alunos de Nova York. Os pesquisadores excluíram perguntas que tinham imagens e diagramas. As questões, no entanto, exigiam diversas habilidades como conhecimentos gerais, lógica ou abstrações.

O aprendizado do Aristo utiliza a técnica de redes neurais (deep learning), um complexo sistema matemático que, com a análise de bases de dados extensas, consegue estabelecer padrões e aumentar continuamente a assertividade. Nesse sentido, o algoritmo foi “alimentado” com milhares de questões de ciências antes de estar apto a responder à prova.

 

Inteligência artificial avança rapidamente

Há quatro anos, 700 cientistas participaram de uma competição para criar uma inteligência artificial com o mesmo objetivo: passar em uma prova do oitavo ano. Mesmo com um prêmio de US$ 80 mil, ninguém conseguiu. Os sistemas mais sofisticados conseguiram acertar apenas 60% das perguntas. O fato de apenas quatro anos depois um sistema ter resultados tão melhores indicam que a inteligência artificial evolui rapidamente.

No entanto, mesmo os cientistas responsáveis pela tecnologia reconhecem que estamos longe de replicar inteligência verdadeira. “Não podemos comparar essa tecnologia com humanos reais e sua habilidade de racionalizar”, diz Jingjing Liu, uma pesquisadora da Microsoft em inteligência artificial, ao jornal The New York Times.

Já para Oren Etzione, supervisor do Instituto Allen, o Aristo tem “consequências empresariais significativas”. O algoritmo pode ser desenvolvido para melhorar serviços de busca na internet ou para gerenciar bases de dados de hospitais, por exemplo. “Posso dizer com total confiança que veremos uma nova geração de produtos inteligentes, alguns vindo de grandes empresas, outros de startups”, analisa Etzione.

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